6 de dez. de 2013

Vitamina D

Pessoal,

Fazia tempo que eu queria escrever sobre a Vitamina D. E como ela está super em alta agora, inclusive em revistas de circulação nacional e sites esportivos e de beleza, resolvi contar o que me aconteceu e porquê tenho que tomá-la "enquanto viver em cidade com pouco sol", segundo meu médico...rs

No mês de junho desse ano comecei a sentir uma baixa no meu rendimento (que já não tava dos melhores por conta da lesão na cervical). Não era preguiça, era uma moleza no corpo todo. A cabeça dizia pra ir mas as pernas pareciam que iam desmontar a qualquer minuto. Uma indisposição, letargia, falta de força. Lembro até hoje que a impressão que me dava era que os músculos estavam moles e as pernas sem forças.

Fui ao meu clínico geral, que passou uma bateria de exames... achei engraçado quando li na requisição: "Vit. D", mas não questionei...fui lá e fiz.
Para minha surpresa todos os exames voltaram bons, principalmente os hormonais, EXCETO o de vitamina D, que acusou uma deficiência grande. Sim, DEFICIÊNCIA. Fiquei chocada pois jamais achei que com alimentação balanceada, exposição ao (mesmo pouco) sol, esportes, enfim, teria uma deficiência vitamínica. 

O médico então me prescreveu a Vit.D, por tempo indeterminado, pois como aqui em Curitiba o sol pouco aparece e os níveis dessa vitamina demoram a normalizar mesmo com suplementação, não há outra maneira.
O mal-estar, indisposição e a letargia passaram. Mas tenho que ficar sob controle sempre.

Depois do que me aconteceu, resolvi pesquisar mais sobre a Vit.D e descobri muitas coisas que não são associadas à sua deficiência e também a sua função do organismo. Primeiramente, o que é a Vitamina D e pra que serve?

A vitamina D é um grupo de pró-hormônios lipossolúveis, as duas formas principais são a vitamina D 2 (ou ergocalciferol) ea vitamina D 3 (ou colecalciferol). A vitamina D obtidos da exposição ao sol, alimentação e suplementos, é biologicamente inerte e deve passar por duas reações de hidroxilação para ser ativado no organismo. Calcitriol é a forma ativa da vitamina D encontrada no corpo. O termo vitamina D também se refere a estes metabolitos e análogos outra dessas substâncias.
Calcitriol tem um papel importante na manutenção de sistemas de órgãos diversos. No entanto, seu papel principal é aumentar o fluxo de cálcio para a corrente sanguínea, promovendo a absorção de cálcio e fósforo dos alimentos no intestino e reabsorção de cálcio nos rins; permitindo a mineralização normal dos ossos e prevenir a tetania hipocalcemia. Também é necessário para o crescimento ósseo e remodelação óssea por osteoblastos e osteoclastos.
Sem suficiente vitamina D, os ossos podem tornar-se fina, frágil, ou disforme. Deficiência pode surgir de uma ingestão inadequada juntamente com a exposição solar inadequada, transtornos que limitam sua absorção, as condições que prejudicam a conversão da vitamina D em metabólitos ativos, tais como distúrbios do fígado ou rins, ou, raramente, por uma série de distúrbios hereditários. Resultados deficiência de vitamina D na mineralização óssea prejudicada e leva a doenças ósseas amolecimento, raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos, e, possivelmente, contribui para a osteoporose.

O site Bambu Chuveroso publicou um post muito bacana que resume alguns fatos que não associamos à deficiência desta vitamina:

A maioria das pessoas não sabe estes fatos e por isso não relacionam com deficiência de Vitamina D.
 1. A vitamina D é produzida pela pele em resposta à exposição à radiação ultravioleta da luz solar natural.
2. Os saudáveis raios de luz solar natural que geram a vitamina D em sua pele não atravessam o vidro e, por isto, seu organismo não produz vitamina D quando você no carro, escritório ou em sua casa.
3. É quase impossível conseguir quantidades adequadas de vitamina D a partir da dieta. A exposição à luz solar é a única maneira confiável para seu corpo dispor de vitamina D.
4. Seria necessária a ingestão diária de dez copos grandes de leite enriquecido com vitamina D para obter os níveis mínimos necessários de vitamina D (impossível pra quem tem intolerância a lactose. Ou ser sócia da empresa que produz o leite lactose free).
5. Quanto maior a distância da linha do equador e o lugar onde você vive, maior será a exposição ao sol necessária para gerar vitamina D.
6. Pessoas com a pigmentação escura da pele podem precisar de 20-30 vezes mais exposição à luz solar do que pessoas de pele clara para gerar a mesma quantidade de vitamina D. Por isto, também, o câncer de próstata é muito frequente entre homens negros – é a simples deficiência generalizada de luz solar.
7. Níveis suficientes de vitamina D são essenciais para a absorção de cálcio nos intestinos. Sem vitamina D suficiente, seu corpo não pode absorver o cálcio, tornando os suplementos de cálcio inúteis.
8. A deficiência crônica de vitamina D não pode ser revertida rapidamente. São necessários meses de suplementação de vitamina D e de exposição à luz solar para “reconstruir” os ossos e o sistema nervoso.
9. Mesmo filtros solares fracos (FPS = 8) bloqueiam em 95% a capacidade do seu corpo de gerar vitamina D.  Isso não quer dizer que você deva abandonar o protetor, mas sim que deve escolher algumas horas do dia onde possa tomar sol diretamente sobre a pele.
10. A exposição à luz solar não gera a produção excessiva de vitamina D em seu corpo, porque ele se auto-regula e produz apenas a quantidade que necessita.
11. A vitamina D é “ativada” pelos rins e fígado, antes de ser usada pelo organismo e, por isto, doenças renais ou hepáticas podem prejudicar muito a ativação da vitamina D circulante.
12. Algumas substâncias denominadas “antioxidantes” aceleram muito a capacidade do organismo para lidar com luz solar, sem que ela nos provoque danos e permitem que você fique exposto ao sol duas vezes mais tempo sem se danos. Um exemplo de tais antioxidantes é a astaxantina, poderoso “filtro solar interno”. Outras fontes de antioxidantes similares são algumas frutas (açaí, romã, mirtilo, etc.), algumas algas e alguns crustáceos do mar (camarão, “krill”, etc.)
Antes de querer ir atrás de suplemento de Vit.D, consulte seu médico. Os sintomas da carência dessa vitamina se assemelham a muitas outras patologias. Somente um bom médico poderá requisitar o exame e prescrever a suplementação - se necessária.

Lembrando que a vida é feita de equilíbrio: nem de mais, nem de menos. E o que é bom para um pode não ser para o outro.

Beijo, abraço e bons treinos.

4 de dez. de 2013

Opção e não vício!

Galera,

O blog voltou! E está de cara nova! Aguardem que vem coisa boa por aí...

Pra começar, vou falar aqui sobre uma "novidade" nos meus vícios de atleta. Ou melhor a falta dele!

Quem me conhece sabe que sou ou era viciada em correr ouvindo música. Se estou nas ruas, sempre com um fone só (por questão de segurança) mas no parque, aí exorcizava meus demônios... Para mim a música dava "aquele up" principalmente nos treinos de rodagem e longos. Em pista não tinha o hábito de ouvir música porque treino de tiro é concentração total no esforço - e a música acaba me distraindo e estressando. Provas de montanha também evito por questão de segurança - minha e dos demais participantes. 

Meu GoGear Pós Arroz
Quem me acompanha no Instagram ( @vividombrowski ) deve ter visto a postagem sobre o meu mp3 hoje. Em mais de 10 anos de esporte tive dois mp3 - um durou 7 anos (amava!) e este agora tem 3 anos. É um Philips GoGear. Há uns 10 dias entrou umidade e ele parou de funcionar. Antes de bater o desespero, coloquei no arroz. Assim como já coloquei meu relógio (olha no IG).
( Por que o arroz? Ele tira a umidade dos equipamentos eletrônicos... celular, mp3, relógios... é só colocar em um pote ou no próprio pacote (só que tem que descartar dps por questão de higiene) fechado por uns dias.)

3 dias...5 dias...7 dias..e nada. 10 dias depois fui verificar (ainda com uma ponta de esperança) e ele estava 100%!!! Só descarregou a bateria, o menor dos problemas.

O mais estranho foi correr ouvindo música novamente.... Fiz inclusive treino longo e prova sem ele (coisa até então inimaginável) e sobrevivi. 

6km Volkswagen - prova sem ouvir música. Foto de Junior
 Alves  - Vivo Esportes

Na verdade nem me dava conta de que estava sem. Comecei a prestar atenção na minha respiração e principalmente na passada e biomecânica. Claro, acabei reparando mais nas pessoas e no entorno. Ganhei dezenas de "bom-dia" e conversei com pessoas que encontro diariamente no parque mas passo direto. Pois é, será que ouvir música nos torna antissociais? Talvez sim, mas não intencionalmente. Concentramo-nos na música, no treino e, de fato, nos desligamos do resto.

O mais curioso foi uma senhora  vir comentar comigo, após um treino no parque: "sempre vejo você correndo mas você passa rápido e ouvindo música, não quis incomodar, mas queria dizer que você é muito bonita." Ah, tem como não amar e dispensar os fones de ouvido sempre???? <3 p="">

Naturalmente, sem os fones ficamos mais sujeitos a ouvir comentários ( e esse foi um dos motivos para eu correr ouvindo música - inibir cantadas, assobios e gracejos nas ruas), digamos, verdadeiras pérolas, como estas:
"Moça, porque correr tanto? Tá tão bonita assim..."
"O bom de correr muito é que pode chegar em casa e tomar um bom café."

A música ajuda a manter ritmo, distrai e motiva. Mas é necessário montar sua playlist de acordo com os BPMs (Batidas por minuto) para que a cadência seja apropriada para seu ritmo. BPM não está relacionado ao estilo musical. ( Mas isso é assunto para outro post! Prometo!)

No treino de hoje me realizei. Rodagem de 10km - o ritmo? Foi o ditado pelo Shuffle ou aleatório (confiei nele cegamente)... ainda bem que ele colaborou e só mandou BPM alto! Quer saber a playlist do treino de hoje?

Vanessa Carlton - Thousand Miles
Moby - we all  made of stars
Bon Jovi - Livin'on a prayer
Foo Fighters - Everlong
Ramones - What a wonderful world
Fatbloy Slim - Kung Fu Fighting
Cidade Negra & Skank - Tempo perdido
Deep Purple - Burn
Ben Harper and the Relentless Seven - Under pressure
Black Eyed Peas - Meet me a half way
Train - If it's love
Earth, Wind & Fire - Boogie Wonderland

Tem música melhor? Tem! Mas essa playlist montada ao acaso também foi boa demais. Quem me viu correndo e cantarolando hoje deve estar rindo até agora...hahahaha
O lado bom disso tudo foi perceber que correr ouvindo música é uma opção para mim e não mais um vício. Quando der vontade, ouço. Senão, vou sem.

E aí, você corre com ou sem música?

Bjs, abraços e bons treinos!