15 de dez. de 2014

Fim da paciência. Início do amor próprio

Paciência, 2014 foi o ano dela- ou da sua consumação. Nunca fui uma pessoa dotada de grande quantidade dessa virtude mas o pouco que tinha, esgotou nesse ano que se finda.

Digo que paciência é uma virtude porque, de fato, quem a tem é um ser humano iluminado. Queria ser dessas pessoas que não "esquenta" com nada, que curte tudo e acha todas as pessoas legais. Mas não sou. Não sei viver em cima do muro, me cansa essa vida cor de rosa, essa alegria superficial, essa sensação de que o mundo acontece do lado de fora. Mas essas pessoas sim, são felizes pois no mundo sem decisões delas, não se magoam, desapontam ou estressam. E, assim, a paciência permanece.

No meu mundo de sangue quente nas veias, a virtude se esgota rapidamente. Brigo, luto, discuto, batalho, corro atras do que quero e tomo decisões. E isso cansa mais que dez maratonas juntas.

Minha paciência se esgotou com pessoas, situações e, principalmente, comigo mesma. Com pessoas porque a maioria age por interesse e tirar muitas delas da minha vida nesse ano, e foi a maior representação de amor próprio. Com situações porque aprendi a estar onde sou quista e não tolerada. E comigo mesma porque aprendi, a duríssimas penas, que só me faz mal quem e o que eu deixo que faça.

Todo aprendizado consome mas tambem liberta. Minha paciência exauriu mas minha liberdade aflorou. É o eterno sistema de mão dupla: o universo te dá em contrapartida de algo.

Tenho duas máximas que me norteiam: "você recebe o que emana" e "livrar-se do velho para entrar o novo". O universo conspira a favor de quem faz o bem. Nao adianta plantar pedra e querer colher flor. E, mudanças só acontecem quando você se livra do que te prende.


Não faço e nunca fiz resoluções de ano novo. Pra mim a cada dia que nasce temos a possibilidade de recomeçar e aprender. Não precisamos de um marco temporal ou historico. Basta abrir os olhos pela manhã e saber que aquele pode ser um recomeço. Mas se tivesse que definir um norte para 2015 seria: manter o de 2014. A paciência é finita mas amor próprio nunca é demais. 

25 de out. de 2014

Novidades na Lojinha

Olá pessoal,

Alguns já sabem, outros não ...então oficialmente, a novidade:

Estamos com a nossa lojinha aqui no Blog. Tudo começou no Instagram, mas o espaço ficou pequeno por lá e até nosso site ficar pronto, a lojinha está em um espaço emprestado aqui no blog - nas abas Viseiras e Buffs.

Nossos produtos são todos feitos a mão - desenho, pintura e costura - o que confere características exclusivas a eles. Processo manual que garante dedicação, cuidado e atenção em cada produto, para que vocês arrasem por aí com eles!! 

Temos nossas viseiras e os buffs. Por enquanto na estampa Hibiscus mas em breve teremos outras também.

Caso queira algo personalizado, entre em contato pelo e-mail vivitri@gmail.com ou pelo "Contato" aqui do blog mesmo!!

Passa ali dar uma olhadinha nas novidades!!

Bjs e abs!

13 de out. de 2014

Corridas Unimed Etapa Curitiba - nova data

Pessoal,

Nova data da etapa Curitiba das Corridas Unimed - 02/11.

Inscrições até 27/10 - 14h. Corre lá, não perca tempo!!

Nos encontramos na corrida!!

17 de set. de 2014

Preconceito e o futuro do Brasil

Olá pessoal,

Hoje peço licença aqui no blog para divagar, talvez refletir ou simplesmente compartilhar um fato - que me levou a uma série pensamentos - que ocorreu esses dias. Não está relacionado ao esporte mas ao nosso dia a dia.

Quando fiz minha primeira graduação, em Direito, as discussões entre os colegas versavam sempre sobre capitalismo x socialismo, esquerda x direita, legalização de drogas, política local, melhorias na Instituição (como a instalação de ventiladores nas salas), no muito alguma situação de futebolística, que prontamente era esquecida e relevada. 

Muitos anos depois, o que eu vejo sendo alvo de brigas e discussões no ambiente acadêmico são xingamentos como "veado", "gorda", "pobre" e "fedido". Sim, isso mesmo: adultos chamando uns aos outros disso, numa agressão gratuita, sem provocação, pelo simples fato de não aceitar as diferenças no mesmo ambiente.

E isso tem nome: preconceito. Muitas vezes ele começa de forma velada, indireta mas ele está ali presente. E quem tem isso consigo, não vai parar. Quem não tem educação para conviver com as diferenças, não poderia nem estar imerso na sociedade. 

Essa juventude que pratica esse tipo de "bullying" é aquela, teoricamente, intelectualizada, "o futuro da nação". São esses jovens adultos que também votam. E se não sabem sequer respeitar aqueles com quem convivem diariamente, será que terão discernimento para escolher seus representantes no governo?  

Culturamix
Particularmente fiquei chocada ao me deparar com uma situação de quase vias de fato, originada por uma agressão gratuita motivada pelo preconceito. Eu entendo que a educação dada em casa e o nível cultural de pessoa para pessoa variam muito. Nem todos foram criados para aceitar as pessoas como elas são, ter a cabeça aberta e ignorar (possíveis) diferenças. Mas respeito é pilar básico na vida de qualquer ser humano. E condição financeira não significa MESMO nível educacional. 


Queria acreditar que o fato que me chocou fosse pontual mas sei que não é. Fico triste pelos colegas e amigos que sofrem qualquer tipo de discriminação nesse sentido. E tenho pena de quem apoia ou se omite. O Brasil só vai começar a ir pra frente quando a mentalidade do povo progredir.

NADA muda se VOCÊ não muda. 

Grata!

5 de set. de 2014

Corrida Unimed 21/09

Olá pessoal!!

Estou meio sumida daqui  porque estou escrevendo mais na coluna do Portal Vivo Esportes

Maaaaaassss como o que é bom tem que ser divulgado, estou passando aqui pelo blog pra falar da Corrida Unimed, que acontecerá dia 21/09!!

As corridas da Unimed são sempre bacanas, tem um astral incrível e muita energia positiva... por isso gosto de participar. 

Quando? A etapa Curitiba acontecerá no dia 21 de setembro, no Parque Tingui, 07h30.

Distância? Pode escolher: 5km e 10km!!

ATENÇÃO Cliente Unimed: inscrição com desconto prorrogada até 12/09!!!

Corre lá pra se inscrever e não ficar de fora!

Mais informações: Corridas Unimed

Divulgação / Unimed

18 de mai. de 2014

Corredor fora do padrão - releituras

Pessoal,
Este foi um texto que publiquei em um site esportivo, no ano passado, mas que acho válido sempre ler, reler e ler novamente. 
Corredor fora do padrão - mas que padrão?
Quem nunca ouviu alguém desdenhar de algum corredor que estivesse fora do “parâmetro” (e eu acho cansativo demais, além de ultrapassado, essa história de padrão. Todo ‘paradigma’ acaba por ensejar o preconceito contra o que está fora dele…mas vou parar por aqui) ou cantando vitória que a prova seria fácil, que a distância é moleza? Provavelmente todos nós já vimos isso algumas vezes.
Pois bem, repare nessa moça:
www.taringa.net
www.taringa.net

Ela se chama Savannah Sanitoa e é atleta olímpica da Samoa Americana, por onde compete nos 100m rasos. Esta foto tirada no mundial de Berlim em 2009, foi motivo de muitos comentários em relação à forma física da atleta em comparação às demais concorrentes. Sim, é notório que Savannah está acima do peso mas mesmo assim ela ela cravou 14.23s em 100m, 0.16s acima da sua melhor marca 14.07s. Não foi campeã, logrando apenas a 6.ª colocação, como pode ser visto neste vídeo da prova. Ressalte-se que o recorde para a distância foi nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, quando Florence Griffith Joyner marcou 10.62s.

É normal do ser humano criar padrões. E quem não se encaixar neles, estará sujeito ao preconceito. É uma imposição da sociedade ser magro para ser feliz e ter sucesso e quem não for estará a mercê de comentários maldosos e dissabores em público. Não, não estou dizendo que é saudável estar acima do peso. E não é. O que quero dizer é que nem todas as mulheres precisam querer ser uma “Angel” da Victoria Secret e nem todos os homens serem um David Beckhann. A natureza nos confere características próprias e não podemos lutar contra elas, ao contrário, devemos percebê-las e explorá-las ao máximo e, claro, manter a saúde e o bem-estar.
Nesse sentido, veio a calhar a campanha – Retratos da Real Beleza ( veja o vídeo aqui ) – lançada pela Dove, a qual demonstra bem o quanto nós mulheres subestimamos nossa beleza. Somos bonitas aos olhos de quem nos vê e nem sempre ao nosso próprio espelho. Claro, querer melhorar é sempre bom, aliás, ótimo. Motivar-se com alguém, seguir um estilo de vida saudável, alimentação balanceada, esportes (sim, correr!!!) é sempre válido e importante. Porém jamais querer ser alguém que não somos. Acho que antes que mil #ProjetosNoInstagram , temos que ter o nosso projeto pessoal: ser feliz.
internet
Voltando à Savannah Sanitoa, refleti sobre aquilo, inclusive busquei mais informações sobre a atleta, mas os 14.23s para 100m não me saíam da cabeça. Como tinha treino de pista e justamente tiros de 100m, pensei: “vamos ver o quão próximo eu consigo chegar dela”. A pista em que eu treino é de areia batida, com ondulações porque chove muito e bate um vento miserável, mas isso não justifica o meu tempo ter sido mais alto que o dela e, mesmo sendo mais magra (ela pesa 95kg e eu 62kg – mas o que isso importa né?), não cheguei nem perto (e tinha total e absoluta consciência que não chegaria) da sua marca nos 100m. Meu melhor tiro foi 100m em 19.08s.
Mas isso me motivou a dar o sangue na pista naquele dia de treino. E perceber que temos que fazer nosso melhor. Savannah foi até Berlin em 2009 e competiu, dando seu melhor, embora não estivesse na sua melhor condição (ou será que para ela era uma boa condição e estou eu querendo estabelecer um padrão?).
Recordo-me da minha primeira corrida rústica, 10km em 2003. No km 2, aprox., um senhor veterano seguiu ao meu lado e disse: “tá bem moça, vai assim que tá bem”, e disparou. Perdi-o de vista. Ali foi a primeira e principal lição que tive nas corridas: “não subestime um corredor”. Ainda, outro fato que me chamou a atenção: o último domingo, uma amiga corredora, acostumada com as meias-maratonas e retornando agora às provas, disse: “nossa, estou me sentindo ridícula de largar nos 3km”. Briguei com ela, claro. Ridículo é quem nem sequer tenta. E toda reabilitação requer paciência e disciplina.
O que eu tiro de lição: jamais devemos subestimar uma prova, uma distância, tão pouco quem está correndo conosco. A corrida, assim como qualquer esporte, exige respeito. Respeitar a prova, suas adversidades, os concorrentes, o seu próprio organismo e limitações. Aceitar que sempre haverá pessoas melhores e piores mas que o importante é sempre fazermos o nosso melhor e superar a nós mesmos. E, acima de tudo, buscar o que nos faz feliz. Melhorar é legal, buscar o que faz bem e feliz, mas sem neurose. Não interessa o que os outros pensam, ou vão pensar. O que realmente importa é você!
(Texto originalmente publicado no site Papo de Esteira - Coluna IMpossível - em 2013)

6 de mai. de 2014

Meia Maratona Ecológica de Curitiba

Olá pessoal!!


Arquivo pessoal
Neste último domingo, 04, participei da Meia Maratona Ecológica de Curitiba, prova que incluía distâncias de 5km, 10km e 21km, organizada pela Thomé e Santos. 

Semana da prova foi conturbada, agitação profissional, clima frio, imunidade meio baixa desde a última "peripércia" esportiva...peguei uma virose e fiquei "de molho" desde quarta-feira. No sábado senti que dava para correr de leve os 21km, falei com meu técnico, San Palma, e fui! Treinão de luxo no ritmo do corpo...só pra matar a vontade de correr uma meia maratona.  Pois é...essa tal de corrida é um bichinho que nos pega e não larga mais!

Dia bonito, sol, céu azul, friozinho agradável. Prova muito bem organizada. Largada pontual as 7h na Praça Nossa Sra de Salete (amo provas naquela região), postos de água a cada 3km, ruas fechadas para os atletas (vi poucos incidentes com motoristas apressadinhos e mal educados), chegada organizada, pipocas barrados antes da área de dispersão e kit pós prova caprichadinho - assim como o kit da prova. Custo x benefício justo.

O percurso...ah, o percurso! Detalhe a parte... se você gosta de subidas, essa é sua prova! Era um sobe, desce, vira aqui, vira ali, que, sinceramente, nem dava pra perceber os km's passarem. Para o psicológico é muito bom, e para o corpo foi um bom desafio. Não foi fácil mas foi ótimo! 

O que mais me chamou a atenção foi uma senhora que assistia a prova passar em frente a sua casa, segurando uma bandeira do Brasil e acenando para nós. Sim, ali podíamos nos sentir verdadeiros heróis por estarmos na batalha, fazendo nosso melhor e buscando concluir os 21k (só faltou o "tan tan taaaan, tan tan taaaan" do Ayrton Senna!). Uma imagem tão singela e inocente que ficará gravada na minha memória.  

As vezes se desligar um pouco de tempo,  metas ambiciosas, cobranças, vale a pena. Encarar uma prova razoavelmente longa sem encanar com tempo, pace, ouvindo seu corpo, dosando seu esforço, contemplando o entorno, interagindo com quem está a sua volta é bacana também. Confesso que desapegar do relógio não é fácil, ao menos para mim. Na verdade não é NADA FÀCIL. Não vou ser hipócrita porque quem me conhece sabe como sou. Mas a cabeça tem que estar aberta ao novo e temos que ter sensibilidade em ouvir o nosso corpo naquele momento. A experiência foi "muito rica e valiosa", como diria um professor meu. Aconselho todos a tentarem um dia.

Foto: Arthur Nauffal - Vivo Esportes
Não posso deixar de mencionar um fato que aconteceu no sábado, entrega dos kits, que teria tudo para frustrar a corrida mas, pelo contrário, tornou o evento ainda mais destacável para mim. Quando fui retirar o kit, meu nome não constava na listagem de inscritos. Desespero! Chateação! Oh, meu Deus! A organização prontamente já conferiu meus documentos, comprovante de pagamento e efetuou novo cadastro. No domingo corri confiando estar tudo certo. E de fato estava (ufa!). Dessa forma não posso deixar de mencionar e agradecer a atenção e a consideração do Vilson Thomé, organizador da prova, e do Henrique, do Linha de Chegada, em verificar o que houve e justificar o ocorrido. Se todos os envolvidos em organizações  de provas tivessem esse respeito com o atleta, seria fantástico!!! 


Arquivo pessoal
Bom, seguem meus agradecimentos (peguem o lencinho...porque essa medalha também é de vocês..snif!): minha mãe ( que quis ir junto, mesmo tendo que acordar 4h45 num domingo); meu coach, San Palma, pela atenção, paciência e dedicação, sempre; à família CMTeam thanks a lot !!!; aos amigos e amigas que encontrei na prova e aqueles(as) que sempre estão na torcida! 

Pessoal da Vivo Esportes, valeu pela cobertura e pelas fotos! 

Bons treinos e até a próxima! 

17 de fev. de 2014

Corrida Noturna Unimed e Câncer de Mama

No último sábado, 15, corri a 10.ª edição da Corrida Noturna Unimed. Quem é de Curitiba sabe a tradição desta corrida na cidade. Lembro-me da primeira edição dela - vi as placas anunciando na Rua João Gualberto , a caminho do Celin da UFPR, que haveria uma corrida noturna. Na época eu já corria e achei aquilo tão legal, tão empolgante "Correr a noite pelas ruas de Curitiba" - e me inscrevi.

Arquivo pessoal
Inicialmente (até a 4.ª ou 5.ª edição,  não me recordo ao certo) era na sede da Unimed Curitiba, na Rua Itupava (Alto da XV) e agora se realiza na Universidade Positivo e o percurso nas redondezas (percurso, aliás, puxadinho...não lembrava que tinha tantaaaaa subida...).

O bom é encontrar amigos e sentir a energia de todos. Bater aquele papinho, descontrair. Bom demais também rever o pessoal e os professores da V8 Assessoria Esportiva, os quais tenho um profundo respeito, carinho e admiração. 

Corri as primeiras edições da Corrida Noturna e posso dizer que sempre foi muito bacana e organizada. E desta vez não foi diferente. Em mais de 10 anos de corrida, já participei de muita prova de 10km e de uns tempos para cá diminuí um pouco as participações em razão de longos no fim de semana e custos com inscrição e deslocamento (temos que priorizar, né?).

Porém desta vez foi diferente. Resolvi me inscrever para matar as saudades da corrida noturna (tinha corrido a 6.ª edição da última vez) e para dedicar a uma pessoa muito especial: minha grande amiga Déborah Aquino, a Debs do Blog da Debs. Não é porque é minha amiga de todas as horas, parceira de risos e choros, mas sim pela coragem e determinação com que ela está levando o tratamento para o câncer de mama. É um dia após o outro, altos e baixos, normais de quem passa por uma quimioterapia. Mas uma coisa é certa: otimismo, determinação e força de vontade são imprescindíveis para chegar cada dia mais perto da cura. Bem como apoio da família e dos amigos.
Foto: Deborah Aquino e família
Em razão de conviver com uma pessoa querida que está em tratamento, aprendi um pouco mais sobre a doença e tudo o que ela acarreta. 
O CA de mama é o mais comum entre as mulheres e responde por 22% de novos casos a cada ano. A estimativa para 2014 é que mais de 57mil novos casos surjam.
Mais comum em mulheres acima de 35 anos, o câncer de mama, se diagnosticado em tempo, tem grandes chances de cura, sendo a sobrevida média após 5 anos do tratamento, de 61% (Fonte: INCA São Paulo).

A maior incidência de casos está na Região Sudeste (64.5 / 100 mil mulheres), seguida pela Região Sul (64.3/ 100 mil mulheres). Isso se dá em razão da população ser maior nestas regiões, desenvolvimento industrializado, ritmo de vida e estresse. Recomenda-se que, a partir dos 40 anos, seja feita a mamografia anualmente. (Fonte: SB Mastologia).

A prevenção consiste no auto-exame desde cedo e na mamografia anual após os 40 anos. Além de consultas médicas ao indício de qualquer anormalidade (Fonte: Hospital do Câncer de Barretos). Ainda, há uma cartilha muito bacana organizada pelo INCA que traz informações muito importantes sobre prevenção e tratamento de câncer de mama - para ler clique aqui.

Quando você tem uma pessoa próxima passando por um tratamento desses, você para e pensa no que realmente importa e no quanto a vida é efêmera e inconstante. Percebe que deve manter ao seu lado o que te faz bem e cortar o que não agrega. Parar de se preocupar com coisas pequenas, dar importância a fatos irrelevantes, se incomodar com o que não precisa ser relevado. Aprende a valorizar cada minuto, a amar quem te ama, a levar uma vida mais leve. 

Foto: Rick Nogueira (Vivo Esportes)

Debs, "Te dedico" essa corrida e tantas outras que seguirão nesse seu período de stand by. Cada km meu vai ter um pouco de você e dessa causa que acabou sendo abraçada. 

Quem quiser acompanhar a Debs, pode segui-la no Instagram @blogdadebs e pelo Facebook na fanpage Blog da Debs. E quem quiser mandar energia para ela, convertendo seus km's de corrida, pode participar do "Run For Debs" no Endomondo Challenges. Basta conectar com o Garmin ou seu celular e registrar sua corrida! (Ideia essa criada pelas igers @correcomigo, @correndonaeuropa, @vivianbogusfitness, @remoretti, @anakrueger, @projetolilika21k,@tatimelega, @amandatorrermr.)

E bora correr...ajuda na leveza do corpo e do espírito! Que nossa fé seja inabalável sempre!

Bons treinos!!

3 de fev. de 2014

Personagens dos nossos treinos

Arquivo pessoal
                              
Eu costumo dizer que quem corre cedo tem suas recompensas. Não que nos demais horários não haja, claro que há também! Em razão de horários malucos já tive que treinar em horário de almoço, meio de tarde, à noite. Mas sempre procuro valorizar as pequenas conquistas e o ambiente onde estou, e como tenho treinado mais de manhã cedo, acabo focando neste horário.

Foto do Instagram 
Sou apaixonada por nascer e por-do-sol e quem me segue no Instagram ( @vividombrowski) sabe disso. Sempre que posso posto fotos do céu, da paisagem ou do lugar que corro
 #RecompensasDeQuemCorreCedo
Mas correr ao livre, num geral (independente de horário) também traz outras recompensas: uma mistura de cores, pessoas, culturas, natureza, arquiteturas, cheiros, enfim, um contraste que preenche os sentidos. 


Na minha Longoterapia (o que é isso? Leia aqui ) tenho prestado mais a atenção às personagens do meu cenário de treino. Gosto muito de observar o ambiente e, principalmente, a natureza. Porém comecei a visualizar as pessoas que sempre encontro nos treinos:
o senhor com perfume de pinho; a senhora do "bom dia menina, já vai correr?!"; o bom dia especial de dois senhores japoneses (que tem uma energia e astral incríveis); a moça e sua mãe que levam o dog pra passear; o rapaz que caminha por horas e já emagreceu muito; a mulher que passa Victoria Secret antes de ir caminhar; a zeladora do W.C. sempre simpática e atenciosa, o casal que sempre te deixa no vácuo quando você diz bom dia (grrrrrr), os amigos corredores,  enfim, pessoas pelas quais passamos e acabam fazendo parte do nosso dia-a-dia. 

Um parênteses - quanto ao "bom dia"... mais que educação e cordialidade, é um verdadeiro energizante. É um recurso de mão dupla que garante sorriso e bem-estar. Às vezes o seu bom dia pode ser o primeiro cumprimento que a pessoa recebeu naquela manhã... Uma vez um motorista de ônibus me disse que, às 10h da manhã, eu havia sido a primeira a dar bom dia ao entrar no ônibus - e o turno dele estava no final. Pois é, não custa nada e garante muita coisa. Inclusive, sobre o poder do bom dia, vale a pena ler esse texto aqui !!!

Voltando ao texto... Se estamos na rua, obviamente, a atenção é redobrada para o percurso, calçadas, motoristas e cruzamentos. Entretanto, acenar para um conhecido, encontrar com um amigo depois de uma ladeira, ver a velocidade com que um edifício é construído, ver a lerdeza e o caos das obras para a Copa (e o quanto a população está sendo prejudicada), uma fachada nova, andarilhos dormindo debaixo de marquises (sim, também tem o lado triste), os mesmos cachorros latindo nos mesmo portões e o mesmo cachorro que espera teu afago abanando o rabo. (Não preciso comentar sobre motoristas que não respeitam, calçadas esburacadas, falta de segurança, né? Vamos olhar o lado bom nesse post...)

Foto pessoal Instagram

Afora as belezas da natureza - ver o sol nascer, a neblina baixar e subir, os aviões que sobrevoam o parque, a garça que insiste em ser vista por todos, os carcarás nos gramados, os gritos dos quero-queros, casinhas de João de Barro, há também a beleza das pessoas

Pessoas que vão e vem, que chegam e saem, que começam caminhando e depois já estão correndo, que sentam nos bancos para olhar a paisagem, que recebem o primeiro bom dia do dia de você, que "fiscalizam" teu treino. Sem querer nos envolvemos mais com outros do que podemos imaginar.


Arquivo pessoal
Obviamente, não é em todos os treinos que é possível observar tantas coisas. Incorporei apenas nas minhas rodagens e longos (longoterapias!).  Mas sempre que for possível, vale a pena. 

A corrida tem que fazer bem para o corpo e para a alma!!! Já observou o que está no seu caminho durante o seu treino?


Bons treinos e boa semana!

27 de jan. de 2014

Longoterapia

2012milesin2012.tumbrl.com
“Quantos km’s vai correr hoje?”
“30km”
“Nossa, pra que tanto??? É cansativo.”

Quem corre longa distância já ouviu isso muitas vezes.  Muitas pessoas, geralmente quem não corre,  acha que correr 20km, 30km, 40km é um sofrimento, castigo, uma punição.  Como se fosse um autoflagelo, uma expiação de pecados que fazemos, um masoquismo.

Se colocarmos na ponta do lápis, ou melhor, no mapa, de fato 30km, 40km é uma boa distância e que muitos percorrem apenas de carro. Mas para nós, corredores e triatletas de longa distância é uma terapia (manter a sanidade! Lembram desse post?). Só será sofrimento se você não estiver bem orientado ou deixar que isso aconteça (e eu confesso, já deixei isso acontecer algumas vezes).

Até um tempo atrás eu corria alguns dos meus longões com a cabeça a mil! Planejava a semana, o mês, o ano. Mil vezes. Organizava a agenda mentalmente, planejamentos, prazos. Era um tempo pra mim mas que eu não me desligava de mim mesma. E achava isso normal. Cabeça começava a mil e terminava exausta, pois além de estar cheia, ainda havia o desgaste do treino. Uma eterna batalha corpo x mente. Desligar-se era quase uma missão impossível pois sempre temos um problema pessoal, profissional, alguma preocupação ou algum fato que acontece antes de treinarmos e mexe na nossa concentração.

Foi então que passei a correr com a cabeça vazia. Sim, vazia! Sem pensar em nada, apenas controlando o pace (que sempre foi uma árdua tarefa) e observando o entorno, o ambiente. Percebi que posso dar 10 voltas no parque que cada vez terei uma paisagem diferente para contemplar, ganharei mais um bom dia e um sorriso. Isso é um ótimo combustível!!

No entanto, concentrar nem sempre é fácil.  E ficar concentrado 2h, 3h, 4h é menos fácil ainda. Nesse sentido, um psicólogo húngaro, Mihaly Csikszentmihalyi, desenvolveu a teoria do “State of Flow” (aqui tem um ótimo TED sobre ele), direcionado para a busca e bem-estar pessoal, mas totalmente aplicável nas corridas. Segundo ele, esse seria um “estado mental no qual a pessoa que está envolvida em uma atividade de performance fica totalmente imersa em um sentimento de energia e foco, totalmente envolvida e gostando do processo dessa atividade".

Csikszentmihalyi, ensina que para atingir esse estado leva-se tempo e requer dedicação, mas que, além disso, é necessário observar 6 requisitos essenciais:

HABILIDADE: praticar muito.
DESAFIO PARA BUSCAR: ter uma meta que te desafie mas que seja possível de atingir
TRABALHO EM CONJUNTO: ter orientação profissional
OBJETIVOS CURTOS: pequenas metas que reflitam o progresso da sua preparação
SISTEMAS : que removam suas distrações e construam novos hábitos
VALORES: principalmente intrínsecos que conduzam essa busca.

Na vida esportiva poderíamos facilmente traduzir:
  • Praticar e treinar. Sabemos que sem treino, não há progresso e nem vitória.
  • Ter uma meta, um objetivo que te desafie porém que seja possível de ser atingida, mesmo que com esforço. Metas inatingíveis vão levá-lo a frustração.
  • Objetivos a curto prazo para “medir” seu progresso. O feedback de pequenas provas irão dizer se você está no caminho certo ou não. No meu caso, comecei a treinar a cabeça vazia em pequenas distâncias, aumentando, fiz uma prova no fim do ano passado assim também. E fui avaliando onde melhorar.
  • Ter uma equipe para te orientar. Um bom treinador que trace contigo um planejamento adequado em busca do seu objetivo, que treine seu corpo e sua mente. Isso é essencial.
  • Sua capacidade de saber o que quer e correr atrás, sendo honesto consigo mesmo, sem se enganar. Remover o que distrai e atrapalha e passar a traçar uma rotina adequada com sua preparação.


Depois de 30km de “cabeça vazia” posso dizer que saí 30kg mais leve. Isso não significa que não cansei...rs Mas a cabeça cansou menos. Muito menos. Realmente foi uma terapia, você sai mais leve e sem a sensação de que longão é aquele dia na agenda que você vai cansar, sofrer e terminar acabado.
Fim do treino de ontem com minha mãe,
que me acompanhou de bike por 15k
Bora tentar? Seja 1km, 5km, 10km, a distância que for...Tenha certeza que isso irá se refletir também no seu dia a dia.  Por uma vida mais leve!

Bons treinos e boa semana!




24 de jan. de 2014

Correr uma maratona pra manter a sanidade

The Oatmeal
Não sei se acontece com vocês mas sempre tive a sensação de haver uma cobrança para que o atleta, principalmente amador, avance nas suas distâncias, seja na corrida ou no triathlon. 

Se já corre 10km, vem a pergunta: "quando vai passar para 21km?"; se já conclui meia maratona, há o questionamento clássico: "e a maratona?" - e pra quem já corre 42km a sugestão para correr uma ultra. Igualmente no triathlon, se faz short vem a cobrança para fazer olímpico, depois meio ironman até chegar no Ironman. 


Mas quem disse que "tem que fazer" isso ou aquilo???? 
Não tem norma, regra, exigência. Aumenta distância se quiser, se achar bacana, se interessar. Do contrário, não! Conheço muitas pessoas que correm provas de 5km e 10km e não pretendem passar dessas distâncias, assim como triatletas que fazem short e olímpicos e vão muito bem. Alguns porque se sentem confortáveis, outros porque é o limite de tempo para treinar diariamente e ainda há atletas que vão melhores em distâncias menores e enfatizam isso.

lostangelesblog.com
No entanto, um corredor inglês que não ligava se X, Y ou Z já tinha feito ou corriam mais que ele, descobriu porquê ele precisava correr maratona. 

Li um artigo interessantíssimo publicado há duas semanas no Jornal britânico The Guardian - Why I need to run marathons . Ele fala sobre como uma maratona pode interferir na vida de uma pessoa e se tornar fundamental para sua sanidade - e eu ainda ousaria adaptá-lo para qualquer preparação esportiva.

O texto escrito por aquele corredor inglês, o Tim Smillie, mostra como a maratona "salvou" a sua vida. Se preparando para sua 4.ª maratona, Tim conta que a preparação para a maratona é que mantém sua sanidade pois é ela quem diz o que comer, o quanto beber, quanto se exercitar e descansar. É a preparação que norteia sua rotina. E para ele isso é necessário pois Tim tem tendência a exageros - na comida, bebida e consumo em geral. Dessa forma foi uma maneira que ele encontrou para manter o controle, uma vez que já havia usado antidepressivos (que não funcionaram por não se tratar de depressão propriamente dita), técnicas de meditação (que auxiliaram até certo ponto) e aproximou-se do Budismo (que foi muito útil porém não o afastou das caixas de doces). 

Preparar-se para uma maratona foi algo especial pois ele passou a dedicar horas do seu dia para isso, não só nos treinos, mas também pesquisando dicas, relatos, equipamentos e planejamentos na internet. Isso tornou, como ele mesmo disse, uma identidade "semi secreta" - O CORREDOR - que buscava superar seus limites e bater seus recordes.

www.redbubble.com

Acredito que no fundo o esporte causa isso em todos nós - ou grande maioria. Quando estamos nos preparando para uma prova seguimos a risca o planejamento feito com o treinador, a alimentação específica, hidratação, suplementação, repouso, pesquisamos bons equipamentos. É a disciplina que o esporte - seja corrida ou triathlon - nos trazem. Quantas vezes não trocamos ideias com amigos, pesquisamos novos suplementos, provas interessantes, passamos horas na internet em função da nossa preparação? O que acontece com o Tim, acontece com muitos de nós. 



Seja maratona, meia maratona, Ironman, meio Ironman, independente da distância, há uma preparação. E é justamente ela quem nos mantém "sãos" nesse mundo doido em que vivemos. Então, maratona é coisa pra doido? Sim!! Pra quem é doido por manter sua sanidade e sua saúde!

Bons treinos! Nos vemos por aí!

19 de jan. de 2014

Instagram

Pessoal,

Bem-vindos a 2014!!

Sim sim...já estamos no dia 19 de janeiro, eu sei..eu sei...


Uma das novidades é o perfil no Instagram : @vividombrowski . Fotos dos treinos, lugares, comidinhas, piadinhas, um pouco de tudo.

E vambora que esse ano promete muito!! Mais novidades em breve!

Bons treinos!