27 de out. de 2013

Vem pra rua na Maratona de Curitiba

Pessoal,

Tá rolando uma campanha SUPER BACANA nas redes sociais: #VemPraRua #MaratonaDeCuritiba

O que é?
É uma iniciativa de alguns amigos corredores para chamar a população às ruas para apoiar os maratonistas!

Fora do Brasil é muito comum as pessoas irem em peso apoiar, aplaudir, falar palavras de incentivo, dar aquela força para quem nem conhecem, mas sabem que está ali para cumprir os famosos 42km.

Quem já correu uma maratona sabe o quanto é difícil e sabe a importância de um incentivo.

Vai estar em Curitiba dia 17 de novembro? Veja o percurso da prova e VEM PRA RUA!

E que essa ideia se espalhe para outras provas Brasil afora!


26 de out. de 2013

Paço da Liberdade

Olá pessoal,

skyscrapercity.com
Esses dias estava pelo Centro de Curitiba e resolvi entrar no Paço da Liberdade, antigo Museu Paranaense. Depois da reforma, que já acabou faz tempo, não havia mais ido lá. Antigamente era um museu e me recordo de ter ido muitas vezes com a minha mãe - adorava os esqueletos do segundo piso!

Pois é, uma vergonha para mim...tão perto, tão histórico, tão imponente e não havia ido lá ainda. Tinha uns 30min livre, resolvi entrar e ver como estava. Bom, antes de contar a minha aventura "reconhecendo a sua cidade", vou contar um pouquinho da história do Paço da Liberdade, que já foi sede da Prefeitura de Curitiba:

"Inaugurado em 24 de fevereiro de 1916, era a sede da antiga Prefeitura de Curitiba, com detalhes neoclássicos e desenhos art-noveau, a construção é em alvenaria de tijolos com base em blocos de concreto e cantaria.
É o único monumento do Paraná tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O projeto de restauração  respeitou as características originais do edifício e privilegia o uso público do espaço. Em 29 de março de 2009 a Prefeitura entregou o Paço da Liberdade totalmente revitalizado." (Fonte: Site da Prefeitura de Curitiba)

O primeiro prefeito a governar na nova Prefeitura foi Cândido de Abreu. Em 1974 se transformou em Museu Paranaense até fechar as portas, em 2006, para a restauração.

Após a reforma e restauro o Paço da Liberdade passou a ser gerido pelo sistema SESC/Fecomércio e hoje tornou-se espaço para palestras, cursos, concertos e exibições de filmes. Ainda conta com uma livraria, loja, internet e um café maravilhoso (vou comentar depois!)


A minha visão do Paço da Liberdade revitalizado

De fora ele já está mais imponente, bem cuidado e valorizado. Por si só nos convida a entrar.


Logo no hall de entrada já é possível ver uma escadaria maravilhosa, daquelas que te chamam para pisar, subir, olhar, tocar o corrimão. É, meio mágico mesmo. Quando você percebe já está subindo naquela imponente escada, digna de filmes e livros.


Fui subindo, nem quis saber o que tinha no térreo! (Depois eu volto e vejo!).
Logo no primeiro piso há a sala de concertos. Exuberante. Com piano de cauda e um teto pintado magnificamente a  mão. Por uns instantes você se sente até meio artista...
Pintura do teto da Sala de Concertos
Seguindo para o outro piso, há outras salas para cursos, eventos, exibição de filmes. Há também um "mini-museu" com alguns móveis históricos e livros que pertenciam a uma antiga biblioteca (classicos como Les Miserables, de Vitor Hugo):



Ainda se tem uma vista linda do calçadão do Mercado das Flores:


E também da Praça Generoso Marques, com a estátua do próprio ao centro:


No último andar há uma exposição de fotos e outra de imagens, que fazem parte da Bienal de Curitiba de 2013. 

" O Sesc Paço da Liberdade é esse ano um dos locais que recebe a Bienal Internacional de Curitiba. O espaço de exposições do edifício vai abrigar a exposição idealizada pela curadora associada Tereza Arruda: Construções de Ilusão dos artistas Max Sudhues, Kim Fielding e Jitish Kallat ." (Fonte: SESC)

Ah sim, voltando ao térreo...

No hall de entrada já temos uma orientação geral sobre o Paço bem como as direções para onde quiser ir. 

A histórica placa de fundação:

E, por fim, e não menos importante, o café. Ah, o Café do Paço. Ali eu tirei uns minutos do tempo que eu nem tinha para contemplar um lugar que eu ainda não havia perecebido na nossa capital. Lembrou-me muito aqueles cafés europeus, principalmente Paris, que ficam escondidinhos e que são extremamente aconchegantes e não te dão vontade de sair mais dali. 
Indicado pela Revista Veja Comer & Beber Curitiba, realmente vale a visita. Embora a tentação tenha sido ENORME, não furei a dieta de atleta ( proud!) e fiquei com um expresso mesmo (e fiquei tão agraciada com o local, as pessoas e o atendimento, que guardei o celular e não tirei foto - my bad!). Sei, sei, uma tremenda heresia ficar no little coffee mas o horário era curto, a dieta tá em dia e os treinos seguem fortes. Ficou o pretexto para retornar em breve e degustar alguma daquelas maravilhas do cardápio.

Então vamos ao que interessa: 
Onde fica o Paço da Liberdade?
Praça Generoso Marques, 180, Centro, próximo ao Setor Histórico.

Como eu chego?
Ônibus até Praça Tiradentes/ Catedral - seguir pelo calçadão do Mercado das Flores até a Praça Generoso Marques.
Ônibus até Terminal Guadalupe - subir a Rua João Negrão até a Rua XV de Novembro, sentido a esquerda seguir até a Barão do Rio Branco. À direita já estará a Praça.
Linha Turismo
Automóvel: vários estacionamentos na região.

Horário de funcionamento (do Paço e do Café):
3ª a 6ª, das 10h às 21h.
Sábados das 10h às 18h, Domingos e feriados, das 11h às 17h

Mais informações: SESC Paço da Liberdade

Divirtam-se! Sejam turistas na sua cidade também! Vale a pena!

25 de out. de 2013

Pelo direito de treinar sem ter que usar burca

"Fiu-fiu", "Ô lá em casa", "delícia", "ah se fosse minha"… qual corredora ou triatleta nunca teve o desprazer de ouvir "isso" (porque para mim nem cantada é…), ou as buzinadas (daquelas que te tiram até do rumo) durante seus treinos nas ruas ou estradas? É chato, é constrangedor, é vexatório.

Na verdade, é vergonha maior para quem faz, pois fica parecendo um ridículo e idiota berrando comentários inapropriados para fora da janela do seu carro.
Alguns pior ainda, com filhos junto. Desrespeitar mulher (tanto a que está na rua quanto a que eles tem dentro de casa) já é desprezível mas desrespeitar a presença de filhos e, pior, dar tamanho mau exemplo é o fundo do poço.

Algumas situações como arremesso de latas, lixo, tapetadas nas costas, tirar "finas", são comuns para quem corre por aí e, mais ainda, pedala nas estradas. É falta de educação? Sim. E mais ainda, é violência gratuita contra quem está praticando uma atividade física sem incomodar ninguém.

Entretanto, está se tornando mais comum do que poderia se imaginar a violência com a conotação sexual, isto é, as famosas "passadas de mão" e "tapas" em corredoras e ciclistas.
Enquanto estamos correndo, podemos (e devemos) fazer nosso treino "contra-fluxo", a fim de termos mais segurança. Porém nos treinos de bike, obrigatoriamente temos que seguir o fluxo e então ficamos a mercê de quem vem atrás. Alguns, inclusive, invadem o acostamento para agredirem.

Há muitos anos, quando comecei a treinar corrida pelas ruas da cidade tive o desprazer de vivenciar uma agressão dessas, quando um cara de bicicleta, que vinha pela calçada, me deu um tapão na bunda. Foi o que bastou para desde então ficar super hiper alerta e correr SEMPRE no contra-fluxo, inclusive quando estou nas calçadas.

Então alguém pode dizer: "ah corre na calçada ou parque e pedala na ciclovia". Pois bem, gente sem bom-senso tem em todo lugar. Há algum tempo li no grupo de corredores de Curitiba o desabafo de uma corredora (infelizmente perdi a publicação e não lembro o nome dela) que foi assediada enquanto corria na ciclovia/pista da Arthur Bernardes – lugar comum e conhecido para correr em Curitiba – por um cidadão que estava de bicicleta. Ela ouviu palavras BEM OBSCENAS do "tarado da ciclovia" e depois da sua divulgação outras mulheres afirmaram tê-lo visto e com o mesmo comportamento.

Não é porque sutiãs foram queimados há séculos atrás que tudo ficou permitido. O respeito não foi jogado na mesma fogueira. Queremos treinar em paz, sem termos que usar uma burca. Há quem cometa excessos? Sim. Mas a grande maioria só quer usar bermuda, camiseta, shorts…desde quando isso ficou proibido para correr/pedalar? É vestimenta de treino, compatível com a modalidade. Ninguém está pedindo para ser assediada por doentes. Aliás, para doença há tratamento; para animal, jaula; e para bandido, B.O.
 
Vivemos em uma sociedade machista, sim. Como demonstrado em um artigo de Nádia Lapa, na Carta Capital, 83% das mulheres não gostam de assédio nas ruas – incluindo as cantadas.

"Alguma mulher já saiu correndo atrás do motorista de um carro qualquer que buzinou para ela ou fez comentários sobre alguma parte do corpo dela, constrangendo-a publicamente?
Isso é, na verdade, controle e poder – e o lembrete de que o lugar de mulher é na vida doméstica. Não ocupe espaços públicos, porque lá você será assediada/agredida/constrangida."


Óbvio, não vamos generalizar. A maioria dos homens ainda respeita e graças a isso, sabemos que é uma minoria doente e cafajeste que esquece que tem mãe, esposa, irmã ou filha em casa e agride – moral e fisicamente – as mulheres nas ruas.

Antes de dizerem "ah mas isso não acontece só com as mulheres. Você tá defendendo a classe". Sim, defendo outras atletas que passam pelo mesmo problema em treinos. Mas se isso também ocorre com os rapazes, contem pra gente!! Eu, confesso, já ouvi relatos de violência – tapetadas, arremesso de latas e bitucas, pauladas – mas não sexual. Posso estar desinformada e eis aqui um espaço para vocês comentarem e trocarem experiências!

Conviver com a insegurança já é hábito para nós, brasileiros. Entretanto quando a violência ultrapassa o âmbito da segurança e viola nossa intimidade, é o pior. Mulher gosta de ser cortejada, paquerada mas no local e momento certo, de maneira respeitosa e por quem elas dão liberdade.

Não, este post não é um manifesto feminista (nada contra elas!!!). É um desabafo sobre respeito. Não é com "passadas de mão", tapas e fiu-fiu’s em treinos que as atletas serão felizes. Muito pelo contrário.

(Este post foi publicado originalmente pela autora na coluna IMpossível, do site Papo de Esteira, em 30/09/13 - http://www.papodeesteira.com.br/blogs/im-possivel/direito-treinar-burca/ )

20 de out. de 2013

France Folie Curitiba

Pessoal,

Hoje vou abrir um ( ) aqui...Não vou falar de esporte mas de um evento cultural muito bacana que tive o prazer de prestigiar ontem. Programas desse gabarito são raros, se considerar que envolveu uma cultura e um país que amo muito, vocês podem imaginar o quanto fiquei feliz!!
Acredito que será bacana compartilhar um pouquinho do que foi o DIA DA FRANÇA EM CURITIBA e o que é a France Folie Curitiba.

O France Folie Curitiba   vem do francês, Vamos celebrar a França!” Isso é o France Folie: Uma grande celebração à cultura francesa em Curitiba.
"O France Folie é uma realização do Consulado Honorário da França em Curitiba que vai reunir diversas formas de manifestações culturais, como cinema, gastronomia, turismo, negócios e música em uma representação de como a cultura francesa participa em nosso país.A proposta do festival é promover uma grande ação de aproximação às tradições da França, envolvendo diversos locais de Curitiba, como uma forma de demonstrar a amplitude da herança cultural francesa na cidade. Além disso, as atividades e atrações oferecidas pelo evento foram criadas com a intenção de incentivar um maior intercâmbio de diálogos e relações entre os dois países – um Brasil carregado de uma diversidade cultural tão envolvente, e uma França feita de tradições tão características." (Fonte:site)

Dentre as várias atrações programadas para essa semana, ontem, 19, foi o DIA DA FRANÇA, que foi celebrado no Museu Oscar Niemayer. 

Para ingressar no evento era necessário adquirir a pulseira, no valor de R$ 5,00, que permitia usufruir de toda a estrutura, incluindo os workshops e desgustações. Sem contar com a segurança e capricho nos mínimos detalhes.

As atrações musicais (concertos, jazz, rock, eletrônica) aconteciam em espaços abertos a toda a população, como o saguão do MON e o ParCão.


Cheguei por volta das 11h45 e ainda consegui assistir o finalzinho da apresentação da Camerata Antiqua de Curitiba, com a inesquecível "La Mer".
Dentre as outras opções de Música, ainda teve Black White Jazz Ensemble e Wandula Quartet com Edith Camargo (que também consegui assistir - e recomendo) e por último, encerrando os trabalhos, Cavernoso Viñon.

                                         


Gastronomia

O France Folie no Dia da França organizou uma excelente Feira Gastrônomica, com pratos a preço único de R$15,00. Estabelecimentos participantes: Lagundri, Vindouro, Sel et Sucre, Zea Mais, Bistrô do Victor, L'Épicerie, Au Petit Paris, Chef Thierry Laurent, Rosmarino e Cuore di Cacao.

Com opções variadas e atrativas, o cardápio deixou as pessoas em dúvida quanto ao que escolher. Entre salgados e doces, foi uma bela viagem a um pouquinho dos prazeres da culinária francesa.

Além de vinho, espumante, refrigerante e água para beber.


Eu, como uma boa apreciadora de crêpes franceses, não poderia deixar de prestigiar o Chef Thierry Laurent, do La Crêpe Française, com o "Crêpe Façon Strogonoff" (strogonoff de mignon, cogumelos frescos, mussarela).

                                 

E uma sobremesa porque ninguém é de ferro e a Patisserie Francesa, ainda mais do Chef Laurent Grolleau , jamais poderia ser dispensada. Pra quem não conhece o Chef, ele é co-proprietário da Au Petit Paris Boulangerie et Patisserie, especializada em salgados e doces gourmets para eventos. Parisiense, Grolleau que foi professor na Le Cardon Bleu e já trabalhou com com o renomado Chef Pierre Hermé, está no Brasil há 10 anos, e por 7 anos foi Chef Patissier e Boulanger do Grand Hyatt São Paulo.

Para o France Folie, o Chef Grolleau, atualmente no Au Petit Paris, preparou um "Clafouti au chocolat-framboise avec sorbet aux framboises et tuile croquant". Traduzindo: ganache de chocolate na base, massa com framboesas inteiras (supèrb!), sorbet de framboesa (sem leite, merci Chef!!) e a casquinha crocante.

                                          
(Nutricionista e treinador que me perdoem, mas essa "jacada" foi com o maior gosto do mundo!!)

Workshops
Com o valor da entrada era permitido participar de 3 workshops, mediante inscrição prévia no próprio local, com direito a degustação do prato e do vinho apropriado. Uma verdadeira aula sobre a alquimia da culinária francesa!

Assisti o workshop das 14h - Vol au Vent de Champignon com o Chef Ricardo Filizola.
                                 

O prato (que eu esqueci de fotografar) estava delicioso e relativamente fácil para fazer em casa. Serve para cocktails e entradas. Recomendo! O vinho da região do Rennes, igualmente adorável. Casou perfeitamente.

Foi um excelente evento. Bom seria ter sempre uma programação deste nível cultural. 
Parabéns aos envolvidos e especialmente ao Consulado Honorário da França em Curitiba e Câmara do Comércio Brasil-França pela iniciativa. 

Durante a semana

Mas as festividades não pararam no sábado.

De 21 a 27 de outubro - há a semana da culinária francesa, onde restaurantes selecionados prepararam pratos exclusivos para o France Folie.

23 e 24 de outubro: Concerto de Câmara - 20h na Capela Santa Maria (R$ 30 e R$15)
25 de outubro: Black and White Jazz Ensemble - FNAC Park Shopping Barigui - 19h30 - entrada franca.

18 a 24 de outubro: Mostra de Cinema Francês - Espaço Itau de Cinema - R$14 e R$ 7 - Programação completa aqui

19 a 27 de outubro - Semana da França no Shopping Patio Batel
26 de outubro: La Balade Française - Jokers

25 de outubro: Café Philosophique - Aliança Francesa 19h
26 de outubro: Contação de histórias de autores franceses - Livraria da Vila/Patio Batel - 17h.

Aproveitem!!

*As fotos são do arquivo pessoal  e estão sujeitos a direitos autorais.