Paciência, 2014 foi o ano dela- ou da
sua consumação. Nunca fui uma pessoa dotada de grande quantidade dessa virtude
mas o pouco que tinha, esgotou nesse ano que se finda.
Digo que paciência é uma virtude porque,
de fato, quem a tem é um ser humano iluminado. Queria ser dessas pessoas que
não "esquenta" com nada, que curte tudo e acha todas as pessoas
legais. Mas não sou. Não sei viver em cima do muro, me cansa essa vida cor de
rosa, essa alegria superficial, essa sensação de que o mundo acontece do lado de
fora. Mas essas pessoas sim, são felizes pois no mundo sem decisões delas, não
se magoam, desapontam ou estressam. E, assim, a paciência permanece.
No meu mundo de sangue quente nas veias,
a virtude se esgota rapidamente. Brigo, luto, discuto, batalho, corro atras do
que quero e tomo decisões. E isso cansa
mais que dez maratonas juntas.
Minha paciência se esgotou com pessoas,
situações e, principalmente, comigo mesma. Com pessoas porque a maioria age por
interesse e tirar muitas delas da minha vida nesse ano, e foi a maior
representação de amor próprio. Com situações porque aprendi a estar onde sou
quista e não tolerada. E comigo mesma porque aprendi, a duríssimas penas, que só
me faz mal quem e o que eu deixo que faça.
Todo aprendizado consome mas tambem
liberta. Minha paciência exauriu mas minha liberdade aflorou. É o eterno
sistema de mão dupla: o universo te dá em contrapartida de algo.
Tenho duas máximas que me norteiam: "você
recebe o que emana" e "livrar-se do velho para entrar o novo". O
universo conspira a favor de quem faz o bem. Nao adianta plantar pedra e querer
colher flor. E, mudanças só acontecem quando você se livra do que te prende.
Não faço e nunca fiz resoluções de ano
novo. Pra mim a cada dia que nasce temos a possibilidade de recomeçar e
aprender. Não precisamos de um marco temporal ou historico. Basta abrir os
olhos pela manhã e saber que aquele pode ser um recomeço. Mas se tivesse que
definir um norte para 2015 seria: manter o de 2014. A paciência é finita mas
amor próprio nunca é demais.
Nossa Vivi, te entendo...
ResponderExcluirEu faço parte das pessoas pacientes mas não tão virtuosas. E vou contar q eu To de saco cheio de gente sem personalidade e caráter próximos a mim. Esse ano rolou um sangue fervendo aqui pra muita gente.
Um grande viva ao amor próprio!!