21 de mar. de 2019

Recomeços

Imagem: Nilton Junior / Minoru

Recomeçar: começar de novo; retomar após interrupção.

Pra mim recomeços são sempre mais difíceis que os começos. Porque quando você começa algo novo, há toda uma expectativa pela novidade, pelo incerto, por experimentar algo diferente. Já quando recomeçamos já sabemos o que nos aguarda, todo o processo para atingir o que se deseja novamente, as dores e alegrias, cada tijolinho que será colocado na reconstrução. 

E aí tem que ter muita força de vontade ou um sentimento de se amar tanto aquilo que se quer que  não se importará quantas vezes for preciso recomeçar. Ou a cada recomeço, renovar o olhar e reiniciar com uma nova visão.

Assim foi comigo, uma paixão que ficou adormecida por um período necessário (não necessariamente desejado) que envolveu um misto de sentimentos, planejamentos, insistências e frustrações. Um desejo de ver a corrida, natação, ciclismo com os mesmos olhos láaaaaa do início mas eu não tinha mais aquela visão, eu não era mais aquela moça de 19...20 anos que se descobriu forte através do esporte, que abraçou um estilo de vida e se dedicou por anos a ele, que fez amigos, aprendeu e compartilhou experiências, que mergulhou num mundo maravilhoso. Ela estava tão imersa que mal conseguia subir a tona para respirar e ver tudo sem esse filtro já cansado, viciado, comprometido. 

Periodo que cumulou com outros desafios na minha vida pessoal e profissional e como acredito que nada é por acaso na vida, entendi que era hora de parar, respirar e deixar fluir. Sem dor, sem cobrança, sem ressentimento, sem prender. Apenas deixar tudo se assentar. Porque tem horas que "dar um tempo" não é fraqueza mas sim uma das maiores mostras de fortaleza.

Acervo pessoal
Decidi voltar em uma prova que tivesse um significado para mim e nada melhor do que correr em casa, na prova do padroeiro da minha cidade, que é meu santo de devoção, a Meia Maratona de São José dos Pinhais. Ainda, meu retorno seria na mesma data, porem um ano depois, da difícil cirurgia da minha mãe e que foi um desafio imenso para nós. Na mais justo do que correr em um agradecimento tão grande. 

Não tive o tempo correto de preparação, ainda mais para quem não treinava com assiduidade, teve dor e problema nessas poucas semanas, mas teve vontade e muita disciplina e determinação. A ideia era chegar no dia 17 de março e cheguei com a alegria como se tivesse vencido a prova. E venci a minha prova! Depois de um ano e meio de aceitação, paciência, muito aprendizado, ressignificação, voltei! Uma nova versão que traz o que de melhor esses muitos anos ensinaram e que está pronta para absorver o que melhor ele ainda pode trazer. 


A todos que estiveram ao meu lado nesses meses "sabáticos" e complicados, minha gratidão e abraço mais que afetuoso.  Aos que comemoraram comigo o retorno, abraço de urso! Só posso dizer que sou abençoada por ter próximo a mim pessoas tão especiais!

Então... bons treinos e agora sim, os encontramos por aí!


27 de fev. de 2019

Vivendo sem açúcar

Olá pessoal,


Sempre leio nas redes sociais as pessoas comentando sobre "abandonar o açúcar" e, consequentemente a dificuldade em ficar sem comer doce, então resolvi dividir a minha experiência com vocês. 

Quando comecei
Em 2015 decidi cortar o açúcar por conta de uma promessa e fiquei 105 dias sem ingerir nada absolutamente nada de açúcar (nenhum tipo) ou mel. De doce, apenas frutas in natura. Conclui meu desafio mas continuei, apenas não tão radical, em função de um problema de saúde em casa que me assustou. Nessa fase continuei cortando açúcar mas usava mel e mascavo orgânico nas receitas (e continuo até hoje pois não uso adoçantes artificiais).




Naquele ano também comprei esse livro: "Zéro Sucre", que conta a trajetória de uma jornalista, a Danièle Gerkens,  que passou um ano sem ingerir açúcar. 
Ela conta mês a mês como foi, desde o preparo de receitas, adaptações e até as reações orgânicas dela. Foi um bom empurrão e uma ótima experiência compartilhada. 
Sem dúvidas ensinou e deu um bom suporte na decisão em cortar o açúcar.

Sem lactose, gluten e açúcar
Eu já tinha a intolerância a lactose, diagnosticada em 2013, e então descobri a intolerância ao glúten, o que foi restringindo mais a dieta e aumentando mais minha criatividade e poder de diversificação (hahahaha). Por conta de problemas de saúde, minha dieta passou a ser antinflamatória, o que me fez perceber e comprovar que a alimentação é nosso remédio e nosso veneno. 

Bom, com tudo isso aprendi mais sobre um mundo novo, de uma alimentação bem mais correta (pra mim!) e saudável e que não nos priva de comidas boas ou nos deixa passar vontade. Há uma gama de livros e sites com receitas muito bacanas e nutricionalmente corretas. 

Quanto ao açúcar, meu organismo não sente mais falta. Mesmo! Sei o quanto me faz mal e o preço que vou pagar se ingerir qualquer coisa com açúcar refinado e pondero se realmente valerá a pena. Não é privação, nem de longe.

TPM
Sempre sofri muito com ela, tanto por irritação quanto por vontade de doces. Conversando com a ginecologista, encontramos uma maneira de equilibrar as coisas, com tratamento necessário, e hoje sigo sem bater em ninguém hahahaha . Brincadeiras a parte, sintomas são sinais que nosso corpo e mente não estão legais! Se você está com algo que não é "normal" ou te incomoda, procure ajuda especializada. Qualidade de vida e saúde são nosso bem maior!

Alternativas
Tudo acontece conforme sua boa-vontade, disciplina e disposição em fazer dar certo. Há "n" maneiras de controlar a "vontade de doces", se assim você quiser. Atividade física, acupuntura, yoga, meditação, homepatia, são opções que podem ajudar o controle da vontade por doces. 

Escapadas
Naturalmente que nesses quase quatro anos me permiti algumas escapadas, geralmente em viagens, mas sem exagero, até porque em muitos lugares a oferta de produtos mais naturais é farta. Mas naturalmente que um doce ou outro acabamos nos permitindo, não é errado. Mas não pode ser hábito.


O que eu posso falar

O meu organismo se adaptou muito bem sem doces refinados e açúcares. Mas também tirei o foco disso. Não me dou "recompensas" por treinos, provas ou ocasiões (ah, hoje fiz longão então vou comemorar comendo uma fatia de bolo floresta negra, p.ex), pelo contrário,  no meu mindset acontece assim: "bom, eu fiz um longão show hoje, vou aproveitar todos os benefícios dele e compensar o desgaste com alimentos saudáveis"). 

Pra quem corre, nada e/ou pedala, treinos e provas não podem ser motivos de recomensa senão a coisa vai por água abaixo mesmo! O esporte é uma opção que VOCÊ fez! VOCÊ escolheu correr uma maratona! VOCÊ escolheu fazer um Ironman! São escolhas que não podem ser o foco total da sua vida. Assim como a decisão de diminuir ou cortar os doces... tire o foco. VOCÊ fez uma escolha, seja responsável, e siga com seu propósito. Não faça da comida seu foco central da vida.

Reiterando: no meu caso parte da minha decisão foi em função de doença autoimune e histórico familiar que me fizeram adotar outra alimentação ou passaria a vida sofrendo e dependente de medicação. Se você não precisa disso, não deixe chegar a uma situação em que a dieta não é apenas para "emagrecer" mas sim para "viver bem".

E sem lactose, sem açúcar e sem glúten não são modinhas para grande parte dos consumidores e pacientes, mas sim necessidade. Não generalize! 

Atenção

Ao sinal de qualquer "desajuste" no seu organismo e antes de qualquer mudança na sua alimentação, consulte um profissional de saúde. Cada organismo é único e tem necessidades nutricionais específicas, bem como patologias que devem ser observadas antes de qualquer mudança. Consulte seu médico e uma nutricionista, ok?



Quem está no foco de cortar o açúcar, mantenha-se firme!
E CLARO... Se alguém tiver qualquer dúvida, quiser dicas ou receitas, e ainda quiser dividir a experiência, deixe nos comentários ou me escreva no Contato. Será um prazer compartilhar mais com vocês!

Sucesso e bons treinos a todos!

18 de fev. de 2019

Filtro solar para esportistas

Olá pessoal,

Sempre dividi minhas dicas aqui e também no Instagram com vocês, afinal o que é útil e bom deve ser compartilhado, não é? 

Há muito tempo dou preferência aos produtos cosméticos sem parabenos, silicones, alumínio e, principalmente, não testados em animais. E essa minha atenção não é meramente por acaso, mas sim por questões de saúde eu não posso usar nada com parabenos, sulfatos ou alumínios. Até algum tempo atrás todos os produtos que eu usava - filtro solar, shampoo, condicionador, creme hidratante, máscaras, desodorantes - eram importados pois aqui era bem difícil encontrar e, mais ainda, com valores justos. 

Há uns dias, vasculhando a internet atrás de algum filtro solar nessa linha. O meu estava acabando e nós esportistas não podemos ficar sem o filtro solar, não é? Ainda mais pra pedalar e correr... O filtro tem que ser resistente, durável e de ótima qualidade. Confesso que não saio nem do meu quarto sem...rs

Fazendo minhas buscas, encontrei a Biozenthi, uma marca brasileira especializada em cosméticos e dermocosméticos veganos, não testados em animais, sem parabenos, petrolatos e sulfatos e livre de gluten (perfeito para celíacos). 

A fábrica fica em Criciúma/SC mas eles entregam em todo o Brasil e também possuem farmácias que vendem seus produtos. No meu caso, comprei através da Miligrama, aqui em Curitiba (frete grátis e entrega super rápida). 



O filtro que usei é o Filtro Solar Facial com base hidratante FPS 35. 


O meu é sem base mas eles também com base, em três tons, para quem quer adiantar o serviço. 

O filtro não é oleoso, não tem perfume (eba!!!) e não deixa o rosto melado ( ninguém curte, né?) e rende bem. Os fabricantes recomendam reaplicar após nadar ou transpiração excessiva. Para mim foi suficiente uma passada para um treino inteiro, mas isso é bem variável.


Eu comprei e usei, por conta e risco, e gostei muito, tanto que estou compartilhando aqui com vocês. 

Para quem é de Curitiba, os produtos da Biozenthi podem ser encontrados nas Farmácias Miligrama, Campelle e Farmadoctor. Para outras cidades, é só consultar o site deles ou entrar em contato que eles são super prontos em responder!

Ah, sim...havia falado em valor justo, né? Comprei online e paguei R$ 58,81 com Sedex grátis (Curitiba e região metropolitana). 

Bons treinos! 
E até a próxima!











27 de jan. de 2019

Meias. Afinal, qual é a importância delas?

Olá leitoras e leitores!

Inaugurando as postagens de 2019, resolvi falar sobre uma peça do vestuário do corredor que eu achava que já havia escrito por aqui... Fui procurar hoje um post sobre isso e vi que não tinha nada específico. Mas afinal...isso o que? MEIAS!!! Muitos falam sobre mas resolvi deixar minhas experiências registradas aqui, afinal gosto é como piiiiiii cada um tem um, não é?

Bom, as meias podem te levar do céu ao inferno durante um treino ou uma prova. Atrito, bolhas, calos, unha machucada são alguns dos maus momentos que elas podem te propiciar durante uma corrida. 

Muitas vezes você pode ter terminado um treino com bolhas inexplicadas ("nossa, mas eu corri a mesma distância!" OU "Mas usei o mesmo tênis!" - mas e as meias? Lembrou delas?), uma unha que constantemente está roxa/preta e você recorrendo à podólogas, calosidade exagerada e o atrito chato e incômodo. Pois é! 

Para mim, as melhores meias são aquelas:

  •  com mais poliéster do que algodão - ou só poliéster e elastano, por exemplo, 
  • cano médio ou curto (mas não a meia "invisível" porque dá atrito no meu tendão e calcanhar, 
  • ponteira fina e de preferência sem muitas costuras,
  • calcanhar reforçado (pra não furar rápido demais hahaha).
Onde a coisa pega! (Arquivo pessoal)
Vou compartilhar aqui alguns modelos que uso e gosto. Não é jabá de nenhuma marca!! Divido para ajudar quem está na dúvida, ok?

1)  Track & Field Run 
Ganhei num kit de premiação e depois em um kit de prova e já as usei muito. Muito mesmo. Acomodam bem nos pés, não são grossas e não dão atrito. A ponteira tem um leve reforço, assim como o calcanhar. 


Arquivo pessoal

2) Asics Nimbus
Essa ganhei num sorteio e adorei. Esteve comigo em dois Ironman e é infindável...rs Embora seja um pouco mais grossa que as demais, não machuca o pé e não me deu atrito. Ainda, ela tem um reforno no próximo ao tornozelo (aquela parte vermelha próxima às letras) que impede que a amarração mais forte venha a machucar. 


arquivo pessoal
3) Reebok
Comprei-as durante uma viagem (sim, compramos meias também! hahaha) e são muito boas. Na minha opinião, o modelo que mais entende a anatomia dos meus pés. 

Arquivo pessoal
 4) Kalenji
Comprei essas na Decathlon (viu, eu não vivo de ganhar meias...rsrs)  mais pelo valor (na época acho que não foi mais que R$9,90) e gostei muito até para usar no dia a dia (inverno) com botas e sapatos fechados. Tem em branco e preto. cano médio, ponteira e calcanhar com reforço médio e o peito do pé com mais elastano (o que não a faz a minha preferida para correr).
Arquivo pessoal

5) New Balance
Esse modelo eu comprei naqueles pacotes de 3 pares pelo preço de 2. Faz muito tempo. Mas não gosto delas e por isso deixei-as por último. Elas escorregam e o tênis as vai engolindo. Além disso lacearam muito rápido e o material delas faz com que deslizem nos tênis. Minha opinião. Não é lei (ui, ainda bem! hahahaha).

Arquivo pessoal

Quanto a valores...bom esses ficarei devendo para vocês. 
Esses modelos que postei para vocês são bem antigos - e usados - e não sei o valor atual. Mas joguem no Google que você acha! 
Lembrem-se: investir numa boa meia é um bom negócio, tanto pelo conforto quanto pela durabilidade. Aquela meia da Asics  (#2) tem, sem brincadeira, 7 anos, e está boa ainda. Lavando e secando conforme as especificações do produto, eles durarão muito mais.

E não há dicá perfeita ou fórmula mágica... tem que tentar, testar e arriscar. 

Se alguém tiver uma dica legal, deixe abaixo nos comentários pra gente!!!

Bons treinos e um ótimo 2019 a todos vocês!!!