14 de jul. de 2012

Braçadas solitárias

Curitiba, 14 de julho de 2012. Manhã gelada de inverno. 8h22 e o termômetro marcava 3ºC

São José dos Pinhais - região metropolitana de Curitiba
Como ainda não posso correr nem pedalar (treinos de transição bike/run eram sagrados aos sábados), o que me restou foi nadar. Tenho mantido obrigatoriamente treinos de 2.ª a 6.ª e no fim de semana apenas se a vontade for muito grande. Como hoje.
Frio? Que frio??? Tinha até sol!


Acredito que a pior parte em treinar no frio é se vestir e sair de casa. No momento que todas as coisas estão na mochila e você na rua...PRONTO! Não tem voltar atrás. Idem para pedal e corrida.  
Cheguei no clube, no horário costumeiramente mais movimentado (arriscando ter que dividir raia) e para minha surpresa, tinha UM CIDADÃO nadando. Ou melhor, terminando o treino e já alongando.
Quando caí na piscina estava sozinha. Luzes apagadas (só iluminação natural) e somente a secretária e a zeladora por lá. Nos primeiros 1000m do treino (eram 3000m), rolou uma tristeza por estar ali, em um sábado ensolarado, nadando sozinha. Faz falta ter alguém na raia ao lado para competir ou simplesmente estimular.
Na sequência do treino fui pensando, refletindo algumas coisas, mas tentando me manter concentrada no objetivo de cada série. Fechando 2000m pensei realmente em ir embora pois estava muito chato nadar sozinha, naquela penumbra, totalmente em silêncio.



Foi então que comecei a mentalizar as provas em mar aberto. Via de regra estamos em 'pelotes' na água, entretanto, a água é escura e sem música. Obviamente, você ouve o competidor ao lado ou um motor de barco (que odeio quando passam muito rente aos nadadores), e raramente as gaivotas. Mas de alguma maneira é você sozinho naquele marzão aberto. Mentalizei e condicionei meu corpo a agir como se estivesse em uma prova. E quando percebi, havia terminado os 3000m. 
Entendi, então, que dias assim são necessários para que percebamos todas as adversidades a que estamos sujeitos. E que, além do corpo, também é bom exigir do psicológico. Acabei pesquisando algumas coisas e encontrei este texto muito bacana: "Treinamentos psicológicos fazem diferença também para amadores" (clique para ler ) e percebi que não somente os treinos em que baixamos tempo ou saímos super exaustos são "treinões". Hoje foi dia de exercitar meu psicológico e minha paciência.


BONS TREINOS E ÓTIMAS BRAÇADAS!!!!

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